Medo é uma emoção presente na dinâmica psíquica de todos os indivíduos saudáveis e que num nível razoável serve como um instinto de sobrevivência que protege o indivíduo de situações reais e possíveis de trazer dano concreto. Quando esse medo transcende uma ameaça concreta e passa para um medo sem controle e que traz prejuízos exacerbados a vida psíquica e social do indivíduo se transforma em uma FOBIA.
A fobia faz parte do grupo do transtorno de ansiedade com maior prevalência entre os transtornos psíquicos/mentais. Geralmente para evitar a intensa ansiedade gerada pela situação temida, as pessoas com o diagnóstico de fobias restringem suas vidas de modo a evitar a situação em que são fóbicos. Segundo o código de doença DSM-IV estão divididas em três categorias:
Acarofobia: medo de ficar preso num local ou situação em que fuga seria muito difícil ou embaraçosa.
Fobia social: envolve vários tipos de medos como exposição em público diante de outras pessoas, interação em eventos sociais em geral.
Fobia simples: o medo é mais circunscrito envolve medos como altura, aviões, cães e cobras.
As causas são as mais diversas mas está correlacionado com a maneira como cada pessoa ‘processa’ suas vivências, traumas e em especial eventos precoces como os da infância, e que na vida adulta pode desencadear após eventos mais estressores que servem como evento desencadeante. Porém os eventos desencadeantes são somente a ponta do iceberg. Por esse motivo é importante o Tratamento Psicológico para compreender as causas e o processo no qual se estruturou o funcionamento psicológico de cada paciente fóbico.
Freud refere que as fobias surgem após grande sobrecarga psíquica (oriunda da vivencias e traumas) que gera um excesso de ansiedade que com o passar do tempo vai direcionar-se para umas situações ou objetos aos quais o indivíduo projeta de maneira inconsciente seus temores e ansiedades. Essa projeção (mecanismo de defesa psíquico inconsciente) vai canalizar todo o medo para o objeto fóbico.
A ansiedade antecipatória é disparada quando esses pacientes precisam encarar o estímulo temido, de modo que também constroem suas vidas para evitá-lo.
Quando a pessoa passa a ter restrições em sua vida psíquica e social deve buscar tratamento para que tal questão não gere mais e mais repercussões em sua vida como um todo.
Em caso de fobias o tratamento pode ser com Medicamentoso e Psicoterapia como tratamentos concomitantes. Atualmente uma técnica americana chamada EMDR (técnica de Neurociências – de Reprocessamento cerebral) está sendo utilizada para cura de fobias com resultados eficientes e eficazes. Tenho utilizado com pacientes e o resultado é fantástico. Se se interessar podemos fazer uma só sobre essa técnica que cura desde fobias simples até traumas graves.
Quando o medo toma a proporção de fobia a melhor indicação é o Tratamento Psicológico pois as causas vão estar diretamente as questões da história individual de cada pessoa, suas vivências e traumas muitas vezes experiências na própria infância.